Acho estranho ninguém falar da crise em termos gerais, neste período em que no principio do ano afirmaram que iria ser muito complicado para toda a gente, não vejo neste momento nada a ser debatido em lado nenhum....
Vejo sim é os mesmos programas sobre futebol de 2 horas ou mais, telenovelas que enchem a programação televisiva conjuntamente com os programas de Fátima Lopes e afins. Caso não saibam quem manda neste país a par com o governo são as grandes empresas Corporativas, nomes feios de se pronunciar e de fácil interligação a teorias de conspiração; mas os sinais sempre estiveram lá, escondidos num véu de propaganda governamental e Corporativa dizendo que nós é que mandamos e temos poder de escolha sobre a nossa vida. Nada mais errado, pois são eles que injectam no mercado todo o tipo de publicidade e propaganda de produtos variados dizendo que quem os consumir é e será melhor que os outros, diluindo aquilo a que se chama individualidade através de modas e conceitos massivos para o pobre coitado que pouco enxerga estas manobras que se dizem em prol de nós, pena é o efeito ser contrário a tudo o que se diz.
Neste ano vão ser tomadas medidas em que muito nos vão afectar, e a maior parte delas são negativas a algo que pensamos como garantidas, a liberdade e democracia. Conceitos bonitos mas de difícil aplicação numa sociedade regida por um Governo e Corporações controladoras a praticamente todos os níveis, menos num, a Internet. Caso não saibam a infinidade da Net é o último bastião de uma liberdade e democracia em vias de extinção. Talvez pensem que esteja a ser demasiado dramático como nas novelas a quase todos assistem em horário nobre, mas se pensarem um pouco é na Net onde se é ainda permitido ter um canto onde se pode dar a opinião pessoal livremente e sem censura de qualquer tipo, onde existem inúmeras comunidades virtuais onde se debate tudo e todos, onde a um clic de distancia a informação na maior parte das vezes ainda crua nos aparece no monitor, mas ela está lá para quem se interessar por essa informação. Mas infelizmente também é onde existe a pedofilia virtual, as comunidades e sites que apelam a violência seja psicológica ou física em prol de crenças ou outros credos, os vírus e outras tantas coisas que podem prejudicar as pessoas.
Se calhar é o preço da liberdade que temos de pagar por deixarmos as pessoas dizerem o que acham de direito, de expressarem-se da melhor maneira que podem, ou fazerem o que acham melhor para outros, mas no meio desta confusão temos uma escolha em que não pagamos mais para a tomar. Por enquanto nós pagamos somente para ter acesso á Internet e o que se está a planear no parlamento europeu é uma votação na qual querem simplesmente entregar a informação como nós estamos habituados a ter na vastidão da Net como se fosse um canal de televisão.
Pensando bem o que iria isso implicar? Uma fragmentação e consequente atribuição de "pacotes" de Net, quer dizer que para poder-mos além de aceder á Net, tínhamos de pagar algo mais para ir a determinados sítios, comunidades e sites. Isto acabaria com a liberdade de informação como estamos habituados a ter, passariam os ISP´s a ter controlo sobre o que queríamos ver ou aceder, tal como a televisão, só vemos o que está na programação e mesmo com as modernices das Box digitais só vêm aquilo que querem ás horas que querem mas sempre limitados á programação do canal e se mais canais querem mais têm de pagar.
Ora sabemos bem que com a Net não é assim, fazemos o que queremos ás horas que queremos e não existem limites praticamente nenhuns para onde podemos ir em busca do que queremos, Certo? Se concordam é porque se preocupam minimamente com aquilo que estou a escrever e se preocupam-se com o que escrevo é porque acreditam em pelos menos haver um local onde nos podemos exprimir em algum lado onde não nos seja imposto censura e/ou controlo de algum tipo. Podem haver opiniões contrárias aos nossos pensamentos e opiniões e há que respeitá-las, como devem respeitar as que temos, é nessa essência muito básica mas complicada que a democracia e liberdade têm bases e essas bases frágeis estão a ir por terra porque há alguém que pensa que em nome da protecção de direitos que por acaso não são deles, mas sim de quem os faz estão a ser corrompidos.
Espero que percebam o que quero transmitir, pois pode ser algo em que é complicado pensar, dado á nossa situação global e particular, mas depois não digam que não sabiam....
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