Wednesday, March 4, 2009

A crise e controlo de capitais

Ultimamente tenho visto e ouvido muitas notícias acerca de uma crise global. Não é mentira nenhuma que ela está cá e de boa saúde, infelizmente, porque há quem tem vindo a alimentá-la e nutrindo-a com muito amor e carinho....
Nomes há muitos e a maior parte deles ninguém sabe muito bem quais são, talvez por interesses comuns a muita gente que vai dando a cara para dizer que isto passa. Ora bem, segundo a minha teoria um pouco intriguista e talvez acusadora mas sempre sincera, acho que que esta situação a nível global já estava prevista como disse na primeira mensagem que escrevi neste blog.
Sem querer bater sempre na mesma tecla, nos interesses de alguns poderosos no verdadeiro sentido da palavra, a crise é um bom veículo para aumento de capital pessoal e económico, por uma razão simples, com a crise as empresas empobrecem em termos capitais por falta de investimento, o que as tornam alvos fáceis, por poderem ser adquiridas e/ou se alguém quiser injectar capital nessa empresa fica mais barato. Quase que podemos dizer que são saldos empresariais.
Mas qual é a vantagem de numa crise comprar barato? Simples, a pouco e pouco vai-se conseguindo fazer o que todas as pessoas pensam que não se faz, monopoliza-se o mercado, porque simplesmente a mesma entidade (pessoa) fica com mais controlo sobre o mercado.
Veja-se o exemplo de petróleo, a OPEP que engloba a maior parte dos paises produtores e exportadores de petróleo, conseguindo controlar o preço dele através de meia dúzia de palavras na imprensa. Se fica barato dizem que cortam na produção. Cortam porque qualquer pessoa sabe (ou devia saber) que num mercado capitalista o preço é regulado muito pela relação oferta/procura. Ora pensem um pouco, se não há neste momento nenhuma razão para haver falta de petróleo, guerra que fomente o aumento de procura do mesmo, actos terroristas nas condutas e/ou jazigas, plataformas e outras formas de produzir e transportar petróleo, porque raio vão eles cortar na produção???? Simples, para aumentar o preço, mais nada, é claro que isto chama-se monopolização de mercado e estou falar neste caso por ser um assunto a nível global e de que certa maneira toca a todos no bolso.
Os chamados "cartéis" monopolizadores existem, não se iludem, e muitas vezes até têm o descaramento de dizer publicamente certas coisas tal como os da OPEP fizeram. Eu que não me considero nenhum fora de série em termos intelectuais consigo ver isso, pena é que há muita gente que prefere saber de assuntos mais fúteis como futebol (decorar plantéis e resultados), saber da vida alheia (quem faz o quê, com quem, e afins) e estupidificar-se massivamente a ver telenovelas de m**** que não têm um argumento de jeito.
E para quem ler isto até perguntam e bem o porquê de tanto ódio a estas actividades lúdicas para muitos? Porque a crise em certos aspectos alimenta-se dessa mentalidade desinteressada em assuntos que nos afectam mais directamente que as que referi anteriormente. A isto chama-se manobras de diversão, e como estas há muitas, mas mesmo muitas. Poderia citar algumas, mas talvez para outra oportunidade.
Resumindo e concluindo este assunto deveras importante (pelo menos para mim), o facto de esta crise ser importante e talvez mesmo vital para as pessoas que referi no princípio desta opinião minha, para poderem aumentar capital e monopolizar o mercado, acontece o sonho de qualquer capitalista que se preze, controlar todo o mercado que lhe interessa e poder literalmente lucrar com esse controlo.
Espero que isto não aconteça, porque se tal vier mesmo a realizar-se iremos entrar num estado que consideramos injusto e desumano, A Ditadura....

1 comment :

  1. Muito bem, caí aqui pensando que não encontraria nada de especial mas, após ler a tua opinião sobre um dos pontos da crise, apercebi-me que afinal não sou o unico a ver o que poderia e deveria ser visto por milhares de pessoas neste "nosso" pedacito de terra. Existe a chamada "campanha de estupidificação em massa" onde o futebol é um dos prémios principais para os ipnotizados libertarem as frustrações e desta forma permitirem as manobras dos poderosos.

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