Esta Semana......

Esta semana deparei-me com várias notícias no mínimo intrigantes.
Casos talvez desesperantes, tristes ou de uma certa forma macabros e irrealistas para alguns. Para mim os casos de que falo são desde os assassinatos em massa no E.U.A. e Alemanha e de um peculiar esquecimento de um pai em Aveiro.
Desde há uns anos para cá tem sido de certa forma "normal" um ou mais adolescentes por volta dos 18/19 anos que decidirem praticar tiro ao alvo nas escolas que frequentam. Digo normal porque desde o caso em Columbine, que Michael Moore fez um documentário, que já houve cerca de pelo menos 1 caso destes por ano. Muito se questionou como arranjaram as armas, especulou-se o porquê e muitos pontos de vista. Na minha opinião sincera e sem querer ferir ninguém, as coisas até são bastante simples. Eu, se estivesse em tal ponto de querer entrar no liceu onde estuda-se para descarregar os meus nervos, frustrações, e iras com balas a tudo o que se mexesse era por uma ou duas razões, e isto tendo o panorama de vida social dos E.U.A..
Uma dessas era de certeza porque seria um dos bobos da festa lá do sitio e o facto de pura e simplesmente devido a esse facto não ter praticamente vida social e/ou amorosa, o que leva a médio prazo a problemas familiares. Claro que lá do outro lado do oceano até é fácil comprar armas ou ir ao armário do pai, que de certeza tem lá uma e se tal oportunidade surgisse iria procurar os "Otários" que me gozaram até aquele momento crucial em que lhes apontava uma arma, a partir desse gesto o poder sobre uma vida muda drasticamente. Após o premir o gatilho a adrenalina deve ser tanta que vai tudo o que mexe para a mira da arma e depois da tempestade surge quase de certeza um misto de alívio e pânico. Alívio porque os gozões deixaram de o ser, pânico porque acaba de perceber que tirou várias vidas que ninguém tem o direito de as tirar e o peso dos actos sentem-se nos ombros e porventura toma-se a decisão de acabar com a própria vida. e supondo eu que não tinham fumado ou feito outra coisa qualquer para ajudar nesta tarefa deveras cobarde. Nas entrevistas todos diziam que eram sossegados, não chateavam ninguém e tal, mas de certeza que eles eram de certa maneira alvos de chacota psicológica ou física por parte de alguns alunos inseguros de si mesmos e mostravam da melhor maneira que consiguiam.

Pondo fim este assunto algo que me deixa ser cada vez mais na aplicação de uma velha máxima do velho testamento de um livro que conhecemos bastante bem, a Bíblia. Olho por olho, dente por dente. O quero dizer com isto????? Que o que aconteceu a um Bebé de apenas 8/9 meses em Aveiro deveria o Pai dessa criança passar o mesmo... Porquê e perguntam bem, o que aconteceu é que o pai deveria ter deixado o bebé no infantário antes de ir trabalhar, curioso é que o infantário fica a pouco mais de 10/20 metros do local de emprego dele. Adivinham e bem, que tal esquecimento levou á morte de um ser Humano desprovido de mobilidade, maturidade e idade para sair do carro e perguntar á besta do pai se podia deixá-lo no infantário.
Que sociedade é a nossa em que os pais tratam os filhos como se um porta-chaves se tratasse.
Já me esqueci de chaves de casa, de levar carteira, de levar um casaco por estar frio e de muitas outras coisas, mas por favor, ninguém se esquece de um(a) filho(a) no carro durante pelo menos 3 horas ao sol na cadeirinha e sem vidros abertos. Que princípios e valores se ensinou ou adquiriu esta bestaça para conseguir esquecer-se da prole que irá dar continuidade do sangue dele neste mundo por mais uma geração? Não sei quais são esses valores ou princípios, mas de certeza que não são os mesmos que os meus. Por isso digo que pela vida que tirou devesse a pena ser a que passou o filho, ficar fechado amarrado a um banco de carro ao sol.
Desculpem a minha franqueza nestes assuntos, mas são estes exemplos tristes e decadentes de uma sociedade importada além-mar de modas no mínimo estranhas que me levam as mãos á cabeça.
Já importamos o modo de vida Americana, o sistema financeiro e político, pouco mais resta de uma entidade Portuguesa de brandos mas sólidos costumes que até nem eram assim muitos maus...