Friday, April 18, 2014

True Detective Review

True Detective

O ano está apenas no começo e há a certeza que "True Detective" terá um lugar de destaque no final do ano na lista de melhores séries. Quem irá esquecer este Drama "out-of-the-box" em 11 meses? Ninguém, só se estiverem distraídos, é certo.

"True Detective" tem três atributos imediatamente impressionantes. A actuação, por Matthew McConaughey e Woody Harrelson, de outro mundo. A escrita, pelo criador da série e romancista Nic Pizzolatto, ondula de monólogos efectivamente ousados para penetrantes nuances transportadas por prosa dispersa. Por fim, o diretor Cary Fukunaga criou um belo cenário e sentido de espaço (a série é filmada e ocorre no Louisiana). Com Pizzolatto escrevendo todos os oito episódios e Fukunaga realizando todos os oito episódios, há uma sensação evidente de uma visão compartilhada. Talvez por isso esta série pareça imediatamente tão auto-confiante.

"True Detective" é sobre dois detectives diferentes, um investigador da velha guarda, o outro, um profiler inteligente seguindo as regras dos manuais. Reúnem-se em uma investigação de assassinato com conotações ocultas e um toque de "serial killer" sofisticado. É o tipo de caso Divisão de Investigação Criminal de Louisiana não tinha visto antes.

A série move-se com destreza entre 1995, quando os detectives Martin Hart (Harrelson) e Rust Cohle (McConaughey) começaram a trabalhar no caso, e 2012, quando os dois homens estão a ser entrevistados separadamente por outros dois detectives que trabalham num novo caso que tem fortes semelhanças. Pizzolatto tem o crédito de assegurar um sentido na estrutura, como um romancista na hora de contar a história. O mais impressionante, McConaughey e Harrelson estão espantosamente diferentes entre 1995 e 2012. As transformações físicas são Incríveis e notáveis.

Alternando entre passado e presente, revelando factos do caso e o lado pessoal de ambos os personagens, mantém os espectadores viciados em cada episódio, e esta técnica subtil (passado-presente) também fornece um vislumbre de como os seus relacionamentos mudaram as pessoas em seu redor ao longo do tempo.

Será a premissa serial killer/ocultismo nova? Será o conceito de parceiros diferentes com atritos entre eles novo? Claro que não. E é por isso que  "True Detective" ganha o meu  louvor,  o conceito de contar histórias familiares são exaltadas pelas performances fascinantes de McConaughey e Harrelson, a mudança de tom da escrita de Pizzolatto, e a habilidade de Fukunaga de acertar e estabelecer  um Louisiana vasto e contrastante. Colocá-los juntos e temos uma série que apanha-nos de surpresa, porque parece-nos familiar e estranho ao mesmo tempo.

Há um excelente trabalho para além dos actores principais, incluindo Michelle Monaghan como Maggie Hart e Kevin Dunn como chefe de Hart e Cohle. E as entrevistas no tempo actual realizadas pelos novos detectives, interpretados por Michael Potts e Tory Kittles, sugerem onde "True Detective" pode ir na sua próxima encarnação.

O plano é que estes oito episódios sejam contidos ás personagens principais, com uma nova história e novos actores em cada temporada, embora a estrutura narrativa permanecera a mesma.

Se seria algo realmente especial ver McConaughey e Harrelson regressar para mais 8 ou 16 episódios? Claro que sim! É um "tour-de-force" do duo. Mas não há nada de errado em manter as coisas frescas ou especialmente se Pizzolatto permanecer envolvido.

No topo de tudo isto, T Bone Burnett supervisiona a música para "True Detective" , e o impacto é visceral, melancólico quando necessário e a música complementa a acção quando necessário, e tudo evoca para que contríbuia à excelência.

"True Detective" vem depois do que foi sem dúvida um dos melhores anos em dramas televisivos em pelo menos cinco anos e coloca foco sobre o tema da qualidade excessiva. Quem diria que a barra seria elevada tão alto e tão cedo este ano?


Nota 9.8/10

No comments :

Post a Comment